Polícia Civil prende suspeito de atentado contra o bicheiro Vinicius Drumond
Vídeo mostra ataque a bicheiro Vinicius Drumond A Polícia Civil do Rio prendeu, na manhã deste sábado (19), Deivyd Bruno Nogueira Vieira, o Piloto, suspeito...

Vídeo mostra ataque a bicheiro Vinicius Drumond A Polícia Civil do Rio prendeu, na manhã deste sábado (19), Deivyd Bruno Nogueira Vieira, o Piloto, suspeito de participar do atentado contra o bicheiro Vinicius Pereira Drumond na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no dia 11 deste mês. De acordo com investigações da Delegacia de Homicídios da Capital, também participaram do atentado Rafael Ferreira Silva, o Cachoeira, Adriano Carvalho de Araújo, e o policial militar da ativa Luís César da Cunha, lotado no 15º BPM. Deyvid foi preso em operação da DH neste sábado (19) Reprodução Deivyd foi flagrado com uma pistola calibre 9mm, sem autorização. Ele foi expulso da Polícia Militar no ano passado, por envolvimento nos crimes de receptação de veículo roubado e tráfico de drogas. Deivyd e Rafael Ferreira, conhecido como Cachoeira, são suspeitos de participar do assassinato de Rodrigo Marinho Crespo, advogado, no Centro do Rio em fevereiro de 2024. Rafael foi preso em 2022 por participação em sequestro, organização paramilitar e uso de arma de fogo de uso restrito. A vítima do sequestro em que ele participou era ligada ao comércio de cigarros, segundo as investigações da Polícia Civil. O vulgo de Cachoeira é citado em um funk cantado por um homem logo depois do assassinato do bicheiro Marquinho Catiri, pelo qual o bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, tem atualmente um mandado de prisão expedido contra ele. São citados na mesma música outros membros de um grupo de extermínio que receberia ordens de Adilsinho, como Rafael do Nascimento Dutra, o Sem Alma, e Wanderson Ribeiro Marques de Lemos, o Chacal. Ambos são citados como seguranças de Adilsinho em uma lista no prédio do contraventor. "A notícia eu vou te dar agora como é que foi. Sem Alma está de luneta, da para te buscar em casa, Curinga tá de AK, com pentão de goiabada. PQD e Cachoeira palmeando não passa nada. Enquanto King dá Rajada, o Pestinha taca a granada. Chacal e Pelo de Rato progredindo de cantinho. Retaguarda o TH junto com o mano Novinho..." Relembre o crime De acordo com as investigações, o crime ocorreu após Vinícius Drumond deixar o Casa Shopping, em seu veículo blindado, seguido de seguranças. Dois veículos seguiram o carro dele pela Avenida das Américas e, na altura da estação BRT Ricardo Marinho, os criminosos efetuaram cerca de 30 disparos de fuzil calibre 7,62mm contra o carro do bicheiro. A vítima do atentado sofreu apenas lesões leves, devido à blindagem do auto que conduzia. O veículo usado pelos bandidos tinha estrutura especialmente preparada para ação, com “seteiras", aberturas utilizadas para posicionar o fuzil para fora do veículo, nos vidros das quatro portas. Vinicius Drumond é apontado como um dos membros da nova cúpula do jogo do bicho do RJ. O ataque ocorreu por volta das 11h na Avenida das Américas, a principal do bairro, perto da Estação Ricardo Marinho do BRT. Porsche do bicheiro Vinicius Drumond ficou crivado de balas Raoni Alves/g1 Rio Porsche do bicheiro Vinicius Drumond ficou crivado de balas Raoni Alves/g1 Rio Tiros atingiram os dois lados do Porsche do bicheiro Vinicius Drumond Raoni Alves/g1 Rio Bancos da frente também foram atingidos pelos tiros Raoni Alves/g1 Rio Veja onde foi o ataque a Vinicius Drumond Infografia: Dhara Pereira/g1 Carro de Vinicius Drumond foi encontrado na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio Reprodução/ TV Globo A Polícia Militar, em nota, afirmou que a Corregedoria da Corporação acompanha o caso e colabora com as investigações e no cumprimento do mandado de prisão temporária em desfavor do policial militar. Investigado por furto de combustível Filho de Luizinho Drumond — presidente da escola de samba Imperatriz Leopoldinense morto em julho de 2020 —, Vinicius foi alvo de buscas, em fevereiro deste ano, da Operação Ouro Negro, contra o furto de combustíveis de dutos subterrâneos da Petrobras. Segundo a investigação da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), Vinicius era o chefe estratégico e financeiro da quadrilha. O bando agia no RJ e em outros estados e extraía sobretudo petróleo, a fim de revendê-lo como matéria-prima para a produção de asfalto, borracha e plástico. Vinicius é considerado um dos chefes da contravenção, ao lado de Adilsinho e de Rogério Andrade. Herdou do pai pontos do bicho na Zona da Leopoldina, que compreende bairros como Ramos (onde fica a Imperatriz), Manguinhos, Maré, Bonsucesso, Complexo do Alemão, Penha, Parada de Lucas e Vigário Geral. “Drumond ascendeu rapidamente no mundo do crime organizado, expandindo seus negócios ilícitos para além do jogo do bicho”, descreveu a polícia, na época da Ouro Negro. Vinicius também puxou do pai a influência na Imperatriz — atualmente, a escola é presidida pela irmã de Luizinho. O sobrinho chegou a ser um dos vice-presidentes, mas não foi muito participativo do dia a dia da agremiação. Nesta terça-feira (8), porém, Vinicius foi anunciado como patrono da escola de samba Em Cima da Hora, que disputa a Série Ouro do carnaval carioca. A agremiação explicou que Vinicius “sempre esteve presente nos bastidores” da Azul e Branca. Marcas de tiros no carro de Vinicius Drumond na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio Betinho Casas Novas/ TV Globo